sexta-feira, 19 de julho de 2013

Diário dos primeiros dias em Jaraguá do Sul

Ontem fui mexer numas caixas velhas, para organizar, e encontrei algumas agendas velhas. Umas tinham anotações, e outras estavam até em branco. Ia jogar tudo fora, mas comecei a folhear uma delas, e li o que tinha escrito.
Era uma agenda de 2003, e as anotações que fiz foram no período que viemos para Jaraguá do Sul. Eu nem lembrava mais que tinha feito isso...
Foi somente um relato, sem emoção, julgamento ou considerações. O máximo de emoção são pontos de exclamação.
Já se passaram 10 anos, e apesar da minha letra ainda ser praticamente igual, a pessoa que escreveu (eu!) não é mais a mesma pessoa, mudou tanto que pode-se dizer que é outra pessoa, e não escreveria mais assim....
Para minha memória, cada linha dessas traz um filme de lembranças, mas transcrevo exatamente como consta na agenda:


19 de Maio
Fui demitida
26 de Maio
Fiz meu acerto na Cooper.
Gino foi demitido
30 de Maio
Viemos para Jaraguá
1º de Junho
Concurso da Câmara
11 de Junho
Trabalhei na Torres
(11-12-13)
13 de Junho
Saiu resultado do Concurso
14 de Junho
Viajamos para Itapiranga
16 de Junho
Voltamos para Jaraguá
17 de Junho
Mudamos para o nosso apartamento
18 de Junho
Saquei FGTS, abrimos conta na Caixa e encaminhei o seguro desemprego
19 de Junho
Brás trouxe as coisas
20 de Junho
Vieram Danilo e Marlise, até domingo
21 de Junho
Fomos para Timbó ver a Emi, no acampamento dos lobinhos e de noite fizemos pizza.
A Ni e o Beto vieram jantar aqui.
A Muti esteve em Jaraguá.
22 de Junho                                      
Passamos o dia no Manso
25 de Junho
Vieram minhas roupas
29 de Junho
Almoçamos no Fabiano
4 de Julho
Fiz entrevista na Employer
5 de Julho
Fomos para Joinville
6 de Julho
Vestibular
7 de Julho
Voltamos de Joinville
Escrevi carta para as crianças (Ps.: Não mandei)
Telefone está cortado.
8 de Julho
Fomos na Neila
A mãe internou.
9 de Julho
Entrevista na Humana: Caixa no Breithaupt – não aceitei.
Cuidamos o Pepe, de tarde e de noite.
10 de Julho
A mãe saiu do hospital
12 de Julho
Almoçamos e jantamos na Ni
13 de Julho
Passamos o dia no Djair e na Andréa
14 de Julho
Veio o colchão de Itapiranga.
O Gino ligou de novo para arrumarem o telefone.
15 de Julho
Aniversário da Diane, mandamos uma telemensagem.
A mãe estava (apareceu) na RBS.
16 de Julho
Passamos o dia na Ni. O Pepe está doente.
O Fassini ligou.
17 de Julho
O Gino foi no Procon por causa do telefone.
18 de Julho
O Gino foi de novo no Procon.
Saquei meu seguro desemprego.
No SID é quase certo.
Fizemos pizza de noite.
De tarde fizemos rancho.
A Tecla ligou.
19 de Julho
Almoçamos no centro, fomos no Portal, tinha feira da malha.
O Djair e a Andréa foram junto no parque da Malwee, depois fizemos carreteiro.
O Reis ligou
20 de Julho
Tinha passeio ciclístico.
Almoçamos no Djair e na Andréa, depois fomos no parque e olhamos o museu. Demos uma volta de moto e fomos tomar sorvete. Vimos o trem de perto. O Djair e a Andréa vieram aqui, depois a Ni e o Beto. O Mano veio passar uns dias.
21 de Julho
Passei no vestibular!!!
A Ni estava de aniversário.
O Pubi veio.
22 de Julho
Enchemos a cara.
23 de Julho
Íamos no cinema, mas não tinha mais ingresso.
Fomos no Mime.
24 de Julho
Fomos para Joinville fazer a matrícula.
A mãe ligou.
Assistimos Matrix II no cinema.
25 de Julho
Feriado.
Show na praça (Marlon  e Maickon). Fomos no Mime e depois na Andréa.
26 de Julho
Almoçamos no Shopping.
Paguei a cerveja do vestibular pro pessoal.
27 de Julho
Fomos na Ni e o Mano embarcou para casa.
28 de Julho
O pai e a mãe se separaram.
Fiz a carteirinha de estudante para ônibus e comprei o passe.
Mandamos um fax para a Claudete (do mercado), que está de aniversário.
29 de Julho
O Pubi estava de aniversário e a Ni e o Beto jantaram aqui.
O Pai e a Mãe tiveram audiência com o juiz.
31 de Julho
A mãe ligou. De tarde fomos no parque.
Pegamos um filme (fizemos cadastro na locadora).
4 de Agosto
Começam as aulas.


E acabou! Estudante de engenharia não tinha mais tempo de escrever na agenda.

Interessante como naquela época as pessoas se telefonavam para saber se estava tudo bem, e se preocupavam com aniversários... Acho que as redes sociais virtuais acabaram com isso.

sábado, 13 de julho de 2013

Estudando para o exame de seleção do meu mestrado

Preciso escrever.
Eu tenho vontade de devorar os livros, absorver o que está escrito, que deve ser mais rápido do que estudar, mas de qualquer forma preciso interromper para expressar o que estou sentindo. E só o papel (nesse caso) o computador, para me entender o que eu quero contar na intensidade do que sinto. Para compartilhar, só por escrito, falando não é igual.
Me inscrevi para fazer mestrado, o Profmat de matemática. Mas para poder fazer o mestrado, preciso passar no exame de seleção que será final de agosto. São 15 vagas, mas 80% obrigatoriamente são para professores de matemática de escolas públicas (que não é o meu caso), e o restante, 3 vagas, são para os demais melhores classificados, professores públicos ou não. Traduzindo, mesmo que eu fique entre os 15, pode ser que eu não seja classificada, garantido mesmo só se ficar entre os 3 primeiros.
De qualquer forma, comprei o livro para estudar, chegou ontem, paguei sedex (caaaro) para que chegasse mais rápido.
Esta manhã sentei para estudar. Primeiro examinei o livro, que é a chave da porta para o meu mestrado, lindo, cheiroso, gostoso! Li até a ficha catalográfica, contracapa, introdução. Aí organizei meu estojo (ou penal), não posso começar um projeto tão importante com o equipamento bagunçado. E comecei a estudar. Já estou na quinta página de conteúdo do livro.
Estou tão feliz, quase em estado de êxtase, pelo simples fato de estar estudando para a prova do meu mestrado. Dá vontade de chorar, de alegria, com um fundinho de medo de não dar certo... Mas o simples fato de estar fazendo alguma coisa na direção do que eu quero, é bom demais, não quero fazer mais nada, só estudar, estudar e estudar, e que chegue logo o dia da prova, e depois a divulgação do resultado, e que esse seja um dia muito feliz!
Por maior que é a minha vontade de estudar, não ia conseguir sossegar antes de “desabafar” minha alegria, muito forte para guardar tudo dentro de mim.

Torçam por mim!

sábado, 15 de junho de 2013

Um abajur no pescoço.

Há dois domingos atrás, o Bãster foi dar uma voltinha na rua quando abrimos o portão para guardar o carro, como ele sempre faz, e foi em direção à esquina. Antes de fechar o portão, o Gino chamou o Bãster de volta, e o Bãster voltou correndo a mil. Porém, numa das casas entre a nossa casa e a esquina, tem um cachorrinho branco que é bem danado. O cachorrinho tem um terço do tamanho do Bãster, mas adora uma encrenca. E quando o Bãster passava correndo pela frente da casa do cachorrinho, o danado corre em direção ao Bãster para atacá-lo! O Bãster é pacífico, nem sabe brigar, e não deu bola, atropelou o cachorrinho – que saiu rolando – e continuou a corrida até em casa. Um pouco depois, fazendo carinho no Bãster, percebo que ele estava sangrando, com dois “buracos” na pata dianteira esquerda, fundos, até a carne. Possivelmente o cachorrinho mordeu o Bãster no ataque, e como o Bãster não parou, teve a pele arrancada pelos dentes do pequeno.
Não é isso que eu quero comentar nessa postagem, a reflexão vai mais além, porém vou continuar a história, para que vocês entendam o que me fez pensar.
Desinfetamos a ferida do Bãster e deixamos por isso. Mas os buracos eram muito fundos, ficamos com medo de que pudesse infeccionar e durante a semana o Mano levou o Bãster na veterinária. Como a ferida já tinha alguns dias, a veterinária achou que não adiantava mais fazer pontos pois a pele já estava secando e não ia mais colar. Receitou antibiótico para prevenir infecção e uma pomada para passar na ferida duas vezes ao dia. Passar a pomada até foi possível, o que não conseguimos foi que ela ficasse no local... assim que soltávamos o Bãster, adivinhem qual a primeira coisa que ele fazia?? Lamber a ferida (eca)! Além da pomada não fazer efeito, ele passou mal duas vezes por ter ingerido a pomada. Tentamos colocar o colar (aquele cone que parece um abajur, em volta do pescoço), para impedir que ele lambesse a ferida, e isso foi horrível. O Bãster entrou num desespero que só vendo, começou a se atirar contra as coisas de propósito, para tentar destruir o abajur, digo, o colar, e achei que ele fosse infartar (afinal ele é meio boxer), levou uns 40 minutos depois que tiramos o colar até a respiração dele voltar ao normal. Foi tão desesperador que nem foto eu tirei.
Ligamos para a veterinária, que pediu que levássemos o Bãster de volta para ela ver. Conclusão: sozinha, a ferida não ia fechar, por ser muito funda. A solução foi fazer uma cirurgia para cortar a parte que já estava cicatrizada, deixando a pele ferida exposta, e aí fazer pontos. O nosso super Bãster tem verdadeiro pavor de veterinários, entra em pânico já antes de entrar na clínica – como disse o Mano na primeira consulta em função do ferimento, o Bãster poderia ter morrido, de medo da veterinária. Tadinha, a veterinária do Bãster é muito legal, competente e percebe-se que adora animais, uma injustiça o Bãster não gostar dela. – Voltando, o Bãster tem muito medo, e isso faz com que ele reaja mordendo (afinal é um cachorro) a qualquer tentativa da veterinária encostar nele. A única maneira de operar seria sedar o Bãs, e para isso ele teria que passar o dia na clínica.
Fizemos isso. Naquele dia, fui buscar o recém-operado na clínica, ansiosa para ver meu cachorrão. A veterinária me recebeu, disse que deu tudo certo, ele se comportou direitinho (!!!) porém ainda estava sonolento. Disse também que a roupinha pós-cirúrgica não ia proteger o local dos pontos, então colocou um colar nele para evitar que se lamba. Eu respirei fundo antes de dizer qualquer coisa, e como ela sabia do problema com o colar anterior, foi logo explicando que era um colar diferente, e que aparentemente o Bãster estava se adaptando, e pediu que buscassem o meu cachorro. Ele veio caminhando todo desengonçado e devagar, os olhos pequenos de sono, enroscando em tudo com o seu novo colar. Um colar vermelho, feito de uma telinha (de plástico?) vermelha. Por ser uma telinha, o colar é meio transparente e flexível. Assim que me viu o Bãster levantou, ficando só nas patas traseiras, e usou as dianteiras para puxar o colar para fora da cabeça, como um motoqueiro tirando o capacete faria. Tentou umas três vezes, apesar das broncas. 

No caminho de casa ele dormiu, e chegando em casa não queria sair do carro, como se estivesse esperando que o levássemos de volta para a clínica para tirarem o colar dele. Era triste de ver, ele esbarrava em tudo, e o pior, coitado, quando ele encostava em algo com o colar, ficava parado, imóvel, como estava no momento que encostou. As vezes ficava alguns minutos imóvel!!! Eu comecei a chamar toda vez que ele esbarrava, para que ele descobrisse que o colar é flexível, afinal era só seguir em frente empurrando o colar um pouco que ele se dobra e deixa passar. Deu certo, entendeu isso na primeira noite.
Hoje, com um dia apenas, ele já consegue comer ração e beber água nos pontos, não esbarra mais tanto e quando esbarra segue em frente, até descobriu que quando quer colocar a cabeça sobre alguma coisa é necessário ergue-la um pouco mais para passar o colar.
Único problema é que ele está triste, fica “puxando o saco” como faz quando quer comida só que mais intensamente, dá para perceber nitidamente que ele pensa que se nos agradar nós vamos retribuir tirando-o do “castigo do colar”.
É mesmo triste vê-lo assim, mas eu sei que isso é para o bem dele e é só por alguns dias. Porém ele não sabe, não entende isso, não faz ideia do porquê de terem colocado esse negócio nele e não sabe quanto tempo isso vai ficar aí ou se vai ser tirado algum dia.
Agora cheguei na situação que me fez pensar.
Acho que a situação dele, de uma maneira simplificada, é a mesma de alguém que sofre um acidente ou tem alguma doença e adquire uma deficiência. Se a pessoa quebra uma perna, sabe que vai tirar o gesso e voltar a andar normal, mas quando vai precisar da cadeira de rodas a vida toda, ou não vai mais enxergar, ou precisa usar uma sonda, ou perde algum membro do corpo???
O desalento deve ser incomensurável, a vida toda muda, precisa de readaptação, muitas coisas não podem ser mais feitas, e para outras será sempre dependente de ajuda de outras pessoas.
O Bãster está abatido, e os pensamentos de um cachorro são muito menos complexos que de uma pessoa, e as possibilidades de um cachorro são muito menores, as perdas são muito menores se comparadas com as que têm um ser humano. Inimaginável a perda que tem uma pessoa...

Dizem que a vida na terra é só uma passagem, devemos cuidar bem do nosso corpo mas não nos apegar a vida material, porém na prática isso não é fácil. O nosso corpo, nossos sentidos, nossa independência e nossas faculdades mentais são preciosos, pensar em perder algo assusta, dá medo.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Brinquedo novo

Hoje de manhã fiz a bobagem de assistir jornal antes de sair de casa.... Eu sabia da tragédia de Santa Maria, de uma tristeza sem tamanho, mas ver os depoimentos das pessoas, é demais, não dá para aguentar. Como disseram no twitter (não conheço quem foi, retwittei), ontem os números impressionavam, mas hoje, conhecer as histórias de cada um, foi ainda mais triste. Vendo o jornal, a minha segunda-feira começou muito mal.
Cheguei no trabalho com uma empolgação... (isso foi ironia). Qual o ânimo para pegar o telefone e ligar para os clientes: "Bom dia! Tudo bem?"? Not.

Saí para o almoço e fui de novo olhar o roller que estava namorando há alguns dias. Na verdade, não era esse que eu queria, eu queria um mais bonito, mas para pegar um bonitinho com a mesma qualidade, isso ia me custar uns 40% a mais. Aí comprei o dito cujo. Eu já estava decidida a comprar, só estava escolhendo um modelo com a relação custo / benefício que me agradasse, e resolvi ficar com esse mesmo. Precisava de um motivo extra para levar o meu dia até o fim, porque não estava fácil me aturar, e funcionou. Mas demorou até chegarem as 6 horas da tarde....
Antes da noite fui testar o meu brinquedo novo.
Fui de carro até a ciclovia, para poder levar todo o meu aparato, levei uns 10 minutos até usar todas as balaquices - conseguir "vestir" tudo isso foi meu primeiro desafio.
O segundo desafio foi levantar - e uma vez em pé, o desafio foi ficar em pé. Mas tudo certo, com algumas balançadas fiquei de frente para o meio fio onde estava sentada, aí os patins ficaram firmes contra a muretinha e eu consegui me levantar.
Agora, como se anda? Sei andar de patins com dois eixos (ao menos já soube), e já vi gente andando de roller, para saber que é diferente da forma que eu conheço. Tentei fazer um misto do que sabia com o que vi os outros fazendo, e mais ou menos funcionou. Provavelmente um tanto desengonçada, ou, mais provavelmente, bem desengonçada. Mas consegui me locomover, andei uns 50 minutos, levei alguns sustinhos, mas não tive a oportunidade de testar os acessórios que usava nos joelhos, nos cotovelos, nos pulsos e nem o das mãos (ainda preciso comprar um capacete). Senti falta de um embasamento teórico, preciso pegar umas dicas com alguém.
O que mais me fez falta foi saber usar o freio - minhas tentativas não funcionaram muito bem. Comecei andando na parte mais plana da ciclovia (terminei por ali também, bem mais seguro), mas estava muito fácil, o roller desliza muito suavemente. Resolvi me arriscar descendo um pedacinho um pouco inclinado da ciclovia, para na volta poder subir esse pedaço andando e fazer um pouco de força. Logo no início da descida percebi a bobagem, o freio não segurou nada, e o negócio foi pegando velocidade, e mais velocidade, e cada vez mais rápido. Eu tinha um plano B para emergências, que era me atirar na grama ao lado da ciclovia, mas isso poderia ter algumas consequências também, e resolvi me equilibrar. Busquei na memória o que aprendi descendo as dunas da Joaquina em Floripa: não vai contra, projeta o corpo pra frente (se tentar segurar com o corpo, os pés vão e o corpo fica, e quem vai ter que segurar as pontas é o bumbum), fica firme e deixa correr. Funcionou (ainda bem!!!!) e quando acabou a descida, uns 20 metros depois, os patins pararam. Isso foi bem emocionante - e apavorante.
Tinha um rapaz correndo na mesma direção que eu descia, acho que ele percebeu o meu problema, pois quando eu tentei frear e não consegui, percebi que os passos dele atrás de mim aceleraram, possivelmente achou que ia ter que segurar alguém (quem??, rsss), para evitar um acidente, mas não conseguiu me alcançar. Depois, quando passou por mim, que já estava parada e tentando controlar a tremedeira, falou "Você está indo bem", (acho que isso também foi irônico). Não faço ideia de quem fosse, e estava tão atônita que não consegui responder.

Os rollers são interessantes, quem está acostumado com patins de dois eixos não acredita que patins in line ficam em pé, mas acho que é muito difícil cair usando isso, bem mais difícil do que com patins tradicionais. Mas se cair, o negócio vai ser estrondoso!

Não posso dizer que foi bom patinar, ainda não. Agora me sinto bem, mas foi estranho. Quase tudo que fazemos, sabemos fazer, e foi esquisito tentar andar de uma forma que eu não consegui fazer direito, andar é tão básico... E além disso, o meu treino foi em público! Ciclovia cheia de gente caminhando ou andando de bicicleta, e eu estava lá, balançando e tremendo, olhando reto para frente para não cair para os lados.... E tudo isso do alto dos meus 170 cm acrescidos de 15 cm dos patins, e com 31 anos na cara (anos cada vez mais visíveis), o que torna o fato de fazer barbeiragens em público ainda mais chamativo.

Mas tudo bem, quem sabe patinar, sabe que tem que passar por isso para aprender, e quem não sabe patinar, sabe menos que eu.

domingo, 27 de janeiro de 2013

o que fazer...

"Não pude deixar de comparar a importância e a satisfação do meu trabalho como professor particular com as rotinas relacionadas a dinheiro do meu dia a dia com fundos de hedge. [...] a maioria das pessoas na área, na verdade, é gente boa, muito intelectualizada. Ainda assim, o cotidiano de quem trabalha com investimentos não é exatamente serviço social. Era mesmo assim que eu queria passar minha vida? Era mesmo a melhor maneira de usar meu limitado tempo na Terra?
[...] Estava preso a um trabalho do qual realmente gostava - era desafiador, além de gratificante do ponto de vista financeiro e intelectual. Mas eu vivia a incômoda sensação de estar sendo impedido de seguir uma vocação que parecia valer muito mais a pena."

É exatamente o que eu sinto, mas as palavras não são minhas. São do americano Salman Khan, em seu livro "Um mundo, uma escola - a educação reinventada" (a edição da Veja de 1º/02/2012 traz o autor na capa, sob a epígrafe "O melhor professor do mundo"). Acho que eu não teria conseguido expressar melhor meu sentimento, única coisa que eu não trabalho com fundos de hedge, apesar de também estar na área financeira.
Preciso corrigir meu rumo, ir para a direção certa.