segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Xuxaaaa

(Esse texto é de autoria da minha irmã, a Emi, escrito possivelmente em 2006, ou antes, e transcrito exatamente como havia sido escrito. O pai achou num PC antigo)


Mais que uma cadela, uma amiga!

Esse texto foi feito inspirado em uma cadela chamada Xuxa, que apesar de ser uma mistura de raças era muito querida por todos.

  Xuxa era uma cadela muito amiga, ela era muito respeitada por sua família e por seus vizinhos. Ela foi ganha por Angeline de presente, mas toda a família cuidava dela.
Xuxa gostava muito de seus donos, e sempre brincava com eles, principalmente com Ange, mas depois que ela teve mais irmãos, Xuxa passou a “cuidar” deles. Por que Ange estudava e eles sempre estavam em casa. Quando alguém deles estava triste sempre ia conversar com ela, pois parecia que ela respondia cada palavra com um olhar.
Quando Eme e Edo (irmãos mais novos de Ange) estavam sozinhos brincando na frente de casa, Xuxa ficava cuidando deles. Quando um deles ia para a rua Xuxa corria de dentro de casa até a rua, fazendo assim que alguém fosse lá ajudar.
Xuxa sempre saia para passear, depois de passar uma tarde fora de casa ela voltava para jantar e dormir em sua cama quentinha. Assim foram anos. Mas um dia foi diferente.
Ela estava fora de casa deitada na grama, quando um homem de olhos azuis, barba e cabelo branco, roupas rasgadas, e com uma pequena sacola se aproximou. Ela olhou para ele, e viu que ele parecia precisar de ajuda. Então Xuxa correu para dentro de casa, como se fosse pedir ajuda, mas quando ela voltou lá para fora o velho senhor já não estava mais lá.
O dia passou, e na outra tarde o homem passou por lá, Xuxa resolveu ir atrás dele, para ver onde o velho senhor morava. Quando ela avistou uma velha casinha em meio ao mato. Ele entrou e ela foi para casa.
E por muitos dias o velhinho passava por lá e fazia um pouco de carinho em sua cabeça.
Até que um dia o velhinho não passou mais lá, Xuxa então resolveu ir até a casa dele, mas lá estava tudo quebrado, quando ela ouviu gritos perto da casa. Foi até lá e viu que estavam maltratando o bom velhinho. Foi ai que ela saiu correndo pedir ajuda, mas quando ela se virou viu um homem, e depois não viu mais nada.

              “Baseado em fatos reais”

Hoje Xuxa só está mais na mente das pessoas que a conheciam, e dela se tem boas lembranças. Xuxa foi morta por que estava muito doente, e se ela continuasse viva ela só sofreria. Apesar de depois de Xuxa já virem outros animais nenhum deles poderá substituir ela, assim como nenhum outro animal poderia substituir o que eu sinto pelos animais que tenho agora, nada desse mundo substituiria a Xuxa, que por algum motivo Deus quis levar ela, assim como um dia nós também iremos partir, e lá com certeza com ela eu vou encontrar, mas enquanto isso eu penso nela como quem ainda me cuida., mas hoje do céu!

domingo, 19 de agosto de 2012

A Lalinha

Meu irmão é 9 anos mais novo que eu, e ele sempre foi bem mais esperto na hora de conseguir as coisas com o pai ou a mãe. Mas tudo bem, meu irmão foi encomenda minha, pode-se dizer que eu também tenho meus créditos.
Eu já estava no segundo-grau (era assim que chamava na época), todas as minhas amigas tinham computador em casa, e na minha casa ainda não existia computador, imaginem o quanto eu implorava para comprarmos um ... (na época o computador era da família, com horários para utilizar, e acesso à internet em casa, nem em sonho). Aí o meu maninho, que estava começando a ser alfabetizado, também quis um computador, para joguinhos. Depois disso, não levou muito tempo, o computador chegou na nossa casa.
Outra vez, foi quando eu quis um violão, mas violões eram caros.... Aí, já aprendendo a lidar com as coisas, propus uma sociedade para meu irmão: Como ele também pensava em aprender a tocar violão, convenci ele de que isso seria muito legal, e que o violão era um excelente presente de aniversário. Nossos aniversários tem um intervalo de apenas três semanas, pedimos um violão como presente conjunto. E eu consegui o violão! Apesar de que no final das contas o violão não foi muito útil, ninguém aprendeu a tocar com ele (e nem com outro violão).
Entre esses dois episódios, teve o episódio do cachorro. Eu tive um cachorro quando era pequena, mas depois de muitos anos sendo uma grande amiga a Xuxa morreu, e eu não ganhei outro cachorro. Aí, quando meu irmão fez 9 ou 10 anos de idade, ele pediu um cachorro de aniversário, e ganhou, a Lala.
A Lala era uma pincher, acho que pincher zero, porque era muito pequenininha. Quando cheguei de noite em casa, no dia do aniversário do mano, o pai e a mãe e a minha irmã mais nova estavam sentados na sala tomando chimarrão, e o mano não tinha chegado em casa ainda. Me disseram para ir olhar o presente do mano, que estava no porão. Cena inesquecível: Eu descendo a escada e um ratinho preto começou a correr. Corria como um ratinho mesmo, em círculos, não sei se assutada ou feliz que estava chegando alguém. Eu comecei a rir, era muito engraçado, essa coisinha minúscula era um cachorro, a coitadinha até se assustou, eu ri muito. Ela corria em círculos ao redor dos meus pés, tinha que cuidar ao me mexer para não pisar nela. Pegar a cachorrinha no colo não era fácil, o mais correto era dizer que a pegávamos na mão, pois ela não era maior que a mão.
Meu irmão batizou seu presente de Lala.
Em setembro completaria 12 anos que a Lala vivia com a família. Teve uma porção de filhotes, em várias ninhadas, acho que tem descendentes dela na cidade inteira. Conosco ficou somente o Rex, chato, mimado, todo torto, mas era a alegria da casa e o fiel escudeiro da Lalinha. Ela já estava ceguinha, não tinha mais dentes, não conseguia subir degraus, mas era adorada e protegida por todos.
Como dizem, os cachorros vivem menos, pois já nascem sabendo amar de uma forma incondicional que os humanos levam a vida toda e não conseguem aprender como se faz... e na madrugada de sábado, a Lala se foi, para o céu dos cachorros...